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segunda-feira, 20 de março de 2023

Fernanda Abreu - Outro sim (The UK remixes) single digital

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De 2017, relembramos um remix empolgante, mas pouco conhecido dos fãs e seguidores da cantora Fernanda Abreu.

A música “Outro sim" foi lançada originalmente por Fernanda em 2016, através da gravadora Sony, no álbum Amor Geral.

Apesar de conter uma letra inteligente e provocativa, a canção não ganhou projeção no país por falta de divulgação e pela concorrência gigantesca e superficial que dominava a programação musical das rádios brasileiras, na época.

Os remixes de Outro sim - The UK remixes, foram produzidos por Mark Josher e apresentam um arranjo inicial com influências do Dub Step, que aos poucos se transforma em House progressivo pulsante e infinito.

1- Outro sim (7´ House Joshua´s radio mix) 4´29
2- Outro sim (12´ House Joshua´s remix) 9´18
3- Outro sim (Joshua´s Red UK Dub) 9´03

Existem remixes diferentes da canção Outro sim, que foram lançados por Fernanda Abreu na coletânea "30 anos de baile", e já foram postados pelo blog aqui.

Onde comprar os remixes apresentados nessa postagem: Só encontramos à venda no Soundcloud.

Onde ouvir e dançar: Em emissoras de rádio ou com djs que sabem o que se passa musicalmente ao seu redor.

Onde dançar: Vai depender da festa, do dj, do local, do público, da vibe, do interesse......

Divirtam-se!

domingo, 27 de agosto de 2017

Fernanda Abreu - Entidade Urbana / Baile da pesada remix (single promocional)

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Não confunda o single “Baile da Pesada Remixes” (já postado pelo blog. Para reverclique aqui), com o single Entidade Urbana. São dois singles diferentes. Um apresenta “todos” os remixes oficiais para a música Baile da pesada. O outro single, que está sendo divulgado pelo blog neste momento, registra “alguns” remixes da canção Baile da pesada.

É preciso comentar que a assessoria musical da cantora Fernanda Abreu age de forma estranha. Quando era o momento certo (em 2000) para a cantora lançar um trabalho musical Pop, Fernanda Abreu optou por lançar um disco com referências do Funk para agradar ao publico dos guetos Funk do Rio de janeiro e São Paulo, pensando que o Brasil iria receber o trabalho de braços abertos.

Mas a situação ruim ficou pior.  Em 2016, quando finalmente a música Funk tinha saído dos guetos e alcançado – de certa forma - o mainstream da música no Brasil, a cantora lançou um disco Pop.

Quem ficou dando trela para o Funk quando ainda não era o momento do Funk fazer sucesso, vai ter que continuar insistindo nessa área. Não pode mudar da noite para o dia, como se a música fosse uma troca de roupa. Agora seria o momento certo de Fernanda Abreu arrasar junto com Anitta e Ludmila na música Funk brasileira. Porém.....
Contracapa

O resultado dessa confusão é que poucos deram o devido valor para o trabalho musical de Fernanda Abreu (Entidade Urbana) lá em 2000, pelo fato que nessa época o mundo estava voltado para a música pop eletrônica. E agora em 2016/2017 ninguém, de novo, está dando o merecido valor para o trabalho de Fernanda Abreu (Amor Geral) porque os ouvidos musicais brasileiros estão voltados para o Funk.

Existem alguns foras no mercado musical brasileiro que são difíceis de entender. Fernanda Abreu não pode ter uma assessoria que pense que o mundo gira ao redor de São Paulo e Rio de janeiro. Fernanda Abreu é uma cantora nacional e não uma cantora de guetos. Ela precisa ter a seu lado uma visão musical holística sobre os guetos, sobre o Brasil e sobre mundo, bem como o gosto musical das classes sociais que fazem parte da sociedade.

Os artistas que tentam fazer um trabalho independente do mercado, devem ter o máximo de cuidado, pois “essa independência” pode resultar em milhares de Cds encalhados nas lojas, pelas baixas vendas. Se o artista e a equipe de marketing não se preocupa com os detalhes, pois “pensa” que possui autonomia sobre o gosto musical dos brasileiros, então, não adianta por a culpa no preço dos Cds ou porque as pessoas gostam mais da grama do vizinho.

Música é assim: - "Vence quem conseguir reunir o maior número de pessoas a seu favor. O artista pode fazer um ótimo trabalho, mas precisa observar de que lado o vento sopra."

O single possui quatro remixes iguais aos divulgados no single já postado pelo blog + a canção Paisagem de amor:

1- Paisagem De Amor (Versão original) 6´07
           
2- Baile Da Pesada (Versao Original) 3´16
3- Baile Da Pesada (Tausz Mix) 3´16
4- Baile Da Pesada (Hitmakers Real Funk Radio Edit) 3´14
5- Baile Da Pesada (New Funk Radio Edit) 3´18
CD

* É claro que o single não foi editado em vinil.

** Maquiavel explica:

Em 2000, o país não estava voltado para o Funk. O Brasil estava sintonizado com a galera internacional e a música eletrônica. Somente em 2015/2016/2017, vencido pela insistência, o país começou a se interessar pelo estilo Funk. Na virada do milênio, eram os guetos que se importavam com o funk e não o Brasil. Agora a história é outra, mas - dadas as proporções - continua limitada pela influência da classe social na escolha musical.   

- O que eu ganho estando a seu lado? Glamour e bom gosto da elite.
- Mas se for outro tipo de musica?  Bem, ai você vai ficar com a favela.

Não culpe a equipe do blog pelo texto. Nós apenas falamos a verdade, cruel e feroz. Se a sociedade brasileira é preconceituosa? Bem, ai é um problema da sociedade. 

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Fernanda Abreu - Bidolibido remixes (Single promocional - Item de colecionador)

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Enquanto a cantora Fernanda Abreu promove o lançamento do seu novo e ótimo álbum chamado “Amor geral”, a equipe do Brasilremixes relembra os remixes da canção Bidolibido, lançados lá no início do novo milênio.
Fernanda Abreu / reprodução

A proposta da canção brinca com o trocadilho verbal da língua portuguesa, fazendo um jogo de duplo sentido ao trazer a combinação de palavras que possuem uma sonoridade parecida ou igual, mas com significados diferentes. A canção Bidolibido faz parte do álbum “Na paz”, lançado em 2004, pela gravadora EMI. Porém, o single com remixes foi distribuído de forma promocional em data imprecisa, entre 2004 e 2005.

Devido a falta de referência e a fragilidade na distribuição logística da música, tanto o Cd single como a produção dos remixes é um assunto desconhecido pela maioria dos fãs, colecionadores e Djs. As poucas informações existentes, sugerem que se trata de um trabalho simples. O single apresenta um encarte textual trazendo apenas o nome dos remixes sem imagens ilustrativas. As versões foram produzidas por vários djs, nominados de acordo com cada remix.
Fernanda Abreu / Reprodução 

Mesmo que a canção original e os remixes não tenham caído no gosto do público, ao analisar a sonoridade do trabalho, podemos perceber que a repaginada musical é muito interessante e segue a linha estética de remixes comerciais com base eletrônica, que eram produzidos no Brasil naquela época. A versão assinada pelo Dj Roots é ótima para ser tocada em programas de rádio. Mas, dependendo da proposta de cada festa, a pista ferve ao som dos remixes elaborados por Toni Mazotti e Jose Wiz. Para ouvir um pedaço de cada remix da música Bidolibido, os internautas podem clicar aqui!

O single apresenta as seguintes versões:

1- Bidolibido  - Versão álbum 3´24
2- Bidolibido  - Remix Dj Marcos AS 5´48
3- Bidolibido  - Remix Dj Toni Mazotti  3´26
4- Bidolibido  - Remix Dj Jose Wiz  5´11
5- Bidolibido  - Remix Dj Roots 5´42

* Agradecimento especial ao fã clube FSLA da cantora Fernanda Abreu, por ter disponibilizado a audição de um pedaço de cada remix num vídeo postado no Youtube, para que os fãs, colecionadores e o público em geral possam ouvir e ter uma ideia de como ficaram as versões remixadas.

** Não há informação até o momento, que o single tenha sido editado em vinil 12”. 

*** Seria bem interessante que a gravadora (no futuro-agora) lançasse um CD box  especial, com remixes de todas as músicas que fizeram parte da primeira fase da carreira da cantora. É bom ficar na torcida, pois material não falta....

domingo, 26 de abril de 2015

Fernanda Abreu - Baile da pesada remixes (single promocional - item de colecionador)

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Antes de qualquer conversa, este single é indicado pra quem gosta de funk carioca. Mas, apesar de conter uma produção musical competente, a melodia não se tornou um sucesso nacional por própria culpa dos funkeiros e da hipocrisia social cultivada no Brasil.
Fernanda abreu / reprodução

Este single lançado promocionalmente em 2000 pela gravadora Sony, apresenta a canção “Baile da pesada”, que registra a proposta da cantora Fernanda Abreu em trazer ao grande público, um pouco da vibração musical existente nas festas dos subúrbios e nas comunidades cariocas em que o funk predomina. A letra da música é ótima, porém-entretanto-contudo, para colocar o dedo na ferida, a equipe do blog faz as seguintes reflexões:

1º Apesar da força cultural existente no Rio de Janeiro, não significa que o Brasil inteiro vai aceitar a cultura dos outros. Ainda mais, diante da democracia!

2º Desde a década de 90, um pedaço do gosto musical brasileiro foi seduzido pelos acordes melódicos do axé music baiano. Seja pelo clima tropical ou pela festividade das canções, a situação também foi influenciada pelo sucesso de cantoras como Ivete Sangalo, Claudia Leite e Daniela Mercury, que possuem uma vibração musical, digamos, mais família.

3º Sociólogos advertem que uma grande parte da sociedade brasileira age com hipocrisia.

4º O Funk carioca é visto em parte do meio musical brasileiro, como uma adaptação mal feita, pobre e favelada do funk americano. Dizem alguns pesquisadores, que o estilo sobreviveu no Rio de Janeiro, em meio a confusão social de sentidos e diante da insistência dos próprios divulgadores do estilo, que venceram o público "no cansaço" ao projetaram na sociedade que o funk era importante e que para ser feliz era preciso abrasileirar o estilo. Diga-se de passagem, tanto quanto outros ritmos musicais, também assim o fizeram no Brasil.

5º Algumas letras de diversas canções de funk carioca que caíram nas graças de um pequeno grupo de ouvintes, possuem um teor sexual explícito com excesso de sacanagem. A situação acabou azedando outras composições musicais funkeiras, que apresentavam um conteúdo musical considerado mais politicamente correto e feliz.

Enfim....

Os remixes

Contracapa

Diante do conceito original da canção, os remixes produzidos pelo pessoal do Hitmakers + Dj Alessandro Tausz + Dj Marllboro e Batutinha, são óbvios e atendem aos frequentadores de bailes funk com muita propriedade. As versões possuem tudo o que os fãs do estilo gostam. Uma levada Freestyle, com muito gingado, scratches de rap, gritos de ordem, um pedaço de sample da canção “Music” de Madonna e até a voz de Big Boy foram incluídas na melodia. Uma legítima canção para ser ouvida sem preconceitos....

Este single possui as seguintes versões:

2 Baile Da Pesada (Tausz Mix) 3:16
3 Baile Da Pesada (Extended Tausz Mix) 4:26
4 Baile Da Pesada (Hitmakers Real Funk Mix) 4:43
5 Baile Da Pesada (Hitmakers Real Funk Radio Edit) 3:14
6 Baile Da Pesada (Hitmakers Real Funk Mix - House Mix) 4:53
7 Baile Da Pesada (Hitmakers Real Funk Radio Edit - House Mix) 3:23
8 Baile Da Pesada (Remix New Funk) 3:02
9 Baile Da Pesada (Remix New Funk Radio Edit) 3:18

CD

* Não há informação que o single tenha sido editado em vinil 12’.

Na imagem seguinte o internauta poder ver a capa do single da canção Baile da pesada, editado em single promocional simples, sem os remixes.
Capa simples 

Também podemos ver na sequência, a imagem da capa do Cd single promocional da canção Baile da pesada, editado na Espanha, contendo apenas a versão original. 
Capa
Contracapa

domingo, 21 de dezembro de 2014

Festa Mix vários + remix - Coletânea

Capa

Festa Mix é nome da compilação que apresenta diversas canções brasileiras e alguns remixes voltados para o público que gosta do estilo pop e pop comercial sem surpresas. Lançado pela gravadora Som Livre em 2001, a coletânea é uma ótima alternativa para fãs, colecionadores e público brasileiro ter acesso aos remixes promocionais que foram distribuídos pelas gravadoras de forma limitada para algumas emissoras de rádio, TV e para alguns djs, apenas.

Encarte 1
Detalhe
Encarte 2

A compilação destaca o trabalho de artistas conhecidos e também de novos talentos nacionais. Entretanto nem todas as canções foram remixadas. O Destaque vai para Rita Lee e o remix produzido por Alexandre Tausz, Fernanda Abreu e Luciana Mello com remixes produzidos pelo DJ Memê, Jorge Vercilo e SNZ com remixes produzidos por Paulo Jeveaux (G-vô) e Fat Family com remix editado por Hitmakers.

Esta coletânea apresenta as seguintes faixas:

1- Luciana Mello - Assim que se faz (remix)
2- SNZ - Nothings gonna change my love for you (eletro g-vo mix)
3- Fernanda Abreu - Paisagem de amor (Memê´s extended love mix)
4- Rita Lee - Saude (Tausz disco mix)
5- Djavan - Eu te devoro (remix)
6- Jorge Vercilo - Em orbita (G-vô mix)

7- Afroreggae - Me espere (radio mix)
Análise: Apenas versão original

8- Mr jam - Ninguém pode
Análise: Apenas versão original

9- Fat Family - Madrugada (Hitmakers “B” radio)
10- Ivete Sangalo - A lua que eu te dei (The groove radio mix)

11- Gem - De repente Califórnia
Análise: Apenas versão original

12- Bukassa - Coleção
Análise: Apenas versão original

13- Miryan Martin - Fora do ar
Análise: Apenas versão original

14- Zero 2 - Luciana toda dura
Análise: Apenas versão original


CD

Contracapa

* Não há informação que este trabalho tenha sido lançado em vinil.

** Algumas canções incluídas nesta coletânea foram distribuídas em singles individuais.

*** A compilação possui todas as faixas mixadas, ou seja sem intervalos entre as canções.

**** A música Me espere (radio mix) do Afroreggae não é um remix, mas apenas uma versão editada para tocar em programas de rádio e que foi chamada de “radio mix”. 

domingo, 12 de maio de 2013

Fernanda Abreu - Kamikazes do amor / Você pra mim remix (single promocional - Item de colecionador)

 

Muitos fãs e admiradores sentem saudades do tempo em que a cantora Fernanda Abreu despontava como um dos grandes ícones da música pop brasileira que marcou a década de noventa no século passado.


Imagem divulgação

Sucessos como “A noite”, “Babilônia rock”, “Kátia Flávia”, “Rio 40 graus”, “Jorge de capadócia”, “Garota sangue bom”, “Veneno da lata” entre outras canções eram presença constante em várias festas e no set list de djs e programas de rádio voltados para a música pop brasileira. Naquele período a versatilidade artística da cantora também contemplava os ritmos românticos e para lembrar essa fase, hoje mostramos o single 12” remix da canção kamikazes do amor” que também traz um remix para a canção “Você pra mim”. Este trabalho foi distribuído promocionalmente em 1990 pela gravadora Emi Odeon e de acordo com as informações impressas no vinil, os remixes foram produzidos pelo DJ Irai Campos.



Este single apresenta as seguintes versões:

LADO A

A1  Kamikazes Do Amor (radio Mix Nº 1)  4:00
Análise: A construção desse remix é interessante, pois não ficou com “cara de música velha” ou de “flash back”. A melodia possui alguns efeitos eletrônicos e sobreposição de vozes utilizando samples de refrões de outras músicas de sucesso internacional. O DJ Iraí Campos manteve as bases da versão original com influências do Hip Hop, Soul, Funk e Black music.
  
A2  Kamikazes Do Amor (radio Mix Nº 2)  4:58  
Análise: A construção desse remix também segue a mesma linha apresentada na versão anterior, mas com maior tempo de duração.

LADO B

B1  Kamikazes Do Amor (club Mix)  5:55
Análise: Essa é a versão principal dos remixes apresentados pelo single. Porém foi editada no lado “B” do vinil. O certo seria que a versão principal fosse colocada em ordem no lado “A” e as versões adicionais apresentadas no lado B. Pelo menos é assim que ocorre nos remixes internacionais. Na prática, esse remix é basicamente igual as outras versões da mesma canção!

B2  Você pra mim (versão Remix)  4:44
Análise: O remix possui cadência e referências musicais muito próximas da canção “Justify my Love” de Madonna. Aliás, o próprio sample do refrão da música “Justify my Love” aparece nos primeiros acordes da melodia. O clima romântico predomina e o remix acaba sendo perfeito para ser tocado nos bailes charm ou para embalar aquele momento nostálgico de corações solitários voltando pra casa ao final da balada....

* Com sorte ainda é possível comprar este single em lojas ou sebos que comercializam discos novos ou usados.

** O remix deste single para a música “Você pra mim” é diferente do remix apresentado na coletânea de sucessos “Raio X” que foi lançado pela cantora  em 1997.

*** Não há informação que este single tenha sido editado em Cd.

**** As versões originais das músicas foram incluídas no primeiro álbum solo da cantora chamado “Sla radical dance disco club”, também comercializado em 1990.

Fernanda Abreu e o Funk carioca

Atualmente a cantora Fernanda Abreu está envolvida com o estilo musical voltado ao Funk carioca e a um público mais - restrito - ligado aos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Até porque, os críticos musicais afirmam que por enquanto, o Funk e suas variações estão mais voltados à realidade musical carioca do que brasileira. Alguns estudiosos chegam até a classificar o Funk carioca como um fenômeno musical folclórico moderno do Rio de Janeiro.

De forma geral, houve várias tentativas de espalhar o estilo no país inteiro com a ajuda da mídia, mas a atitude de alguns artistas “funkeiros”, bem como o posicionamento de alguns de seus seguidores somado com a falta de informação das pessoas + letras apelativas e de baixo nível estão fazendo com que o estilo ainda não seja visto com bons olhos no mercado musical tupiniquim. 

Uma coisa é dizer: - Quero "fazer amor" com você!

Outra coisa é dizer: - Quero "foder" com você!

As duas frases possuem  o mesmo sentido sexual. Porém, a primeira é mais sutil e representa a linha educacional formal brasileira que segue a linha educacional mundial. A segunda é mais direta-agressiva e permeia uma parte das gírias e da linguagem existente nas classes mais carentes Os "funkeiros" não estão errados, pois simplesmente utilizam expressões corriqueiras do meio em que sobrevivem  nas canções que cantam e se divertem. Contudo, a maior parte do Brasil não está interessada em utilizar a palavra "foder" porque a expressão "foder" é vista como uma linguagem vulgar, de baixo calão e com uma tonalidade quase ofensiva. Tanto no país como também em diversas regiões do planeta de acordo a linguagem oficial de cada nação!

Para piorar, existe outra dificuldade enfrentada pelo Funk carioca que se refere à classe social. Como o Funk carioca nasceu nos bailes, nas favelas, nos morros e nas comunidades pobres do Rio de Janeiro, grande parte do Brasil não se identifica com o lugar e com seus criadores. Até porque, as favelas existentes em outras regiões do país possuem costumes e realidades musicais bem diferentes das praticadas no Rio de Janeiro. Dessa forma, muitas pessoas não conseguem separar o estilo musical da origem rotulada como  “vileira” e “favela”.

Segundo o entendimento de alguns pesquisadores, essa realidade pode transparecer que se a dança, a atitude e a origem do Funk carioca estivessem relacionadas a uma classe social mais rica e intelectualmente mais educada, as chances de ter emplacado em todo o Brasil seria maior e já teria acontecido. Para polemizar, estudiosos colocam mais lenha na fogueira das vaidades musicais, comentando que não é a classe social rica que imita os pobres, mas é a maioria dos pobres que desejam imitar o estilo musical das pessoas ricas e desenvolvidas.....

A equipe do blog Brasilremixes entende que este texto pode ser interpretado por muitos leitores de forma provocativa. Entretanto, o objetivo principal é fazer uma reflexão sobre o universo musical brasileiro e os motivos que fazem com que determinado gênero musical ou determinada música tenha sucesso ou não. Aliás, é importante observar que se a música é um produto, até que ponto a riqueza e a pobreza financeira e melódica que rodeia os artistas, podem influenciar nas escolhas do produto musical feito pelos consumidores no Brasil?  

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Fernanda Abreu – Brasil é o país do suingue (single remix)

Capa


É importante relembrar ao leitor que o blog fala sobre dance-music! Então parte das críticas ruins relacionadas aos remixes brasileiros se refere o fato de haver muita tentativa, mas na prática o resultado é pouco dance!!! O single de hoje expõe o mesmo problema enfrentado por vários outros.  Isto é, cadê o dance????
A melhor versão deste single é cantada ao vivo com todos os instrumentos musicais orgânicos e acústicos. Entretanto, se o assunto for relacionado ao dance e a música eletrônica esqueça! Essa canção não tem nada disso! Diríamos que é um dance ao estilo “sei lá entende” para agradar a velharia brasileira desatualizada com a tecnologia nos shows ao vivo. Afinal, o público da cantora Fernanda Abreu não é dance o mesmo! Então pra quê fazer dance? Diriam os críticos!

“Falta de melodia e excesso de palavras!”

De forma geral a letra da canção é muito boa, mas na época de lançamento não foi todo o sucesso esperado porque a música brasileira tem um problema que se chama “falta de melodia e excesso de palavras!” Muito blá, blá, blá e pouco lá-lá-lá! Alguns críticos também afirmam que a música deste single tem pouco veneno e muita lataria! No remix e no dance festivo as pessoas querem se divertir sem ter que aguentar discurso de palanque e papo-cabeça! Lembre-se! Estamos falando de dance-music, música feita para dançar seguindo os padrões internacionais! Todo mundo sabe que a ditadura acabou e os problemas sociais do Brasil devem ser discutidos em outro lugar e não na pista de dança! Certo!!!  O Brasil tem o carnaval, mas ele dura apenas uma temporada. A galera gosta de se divertir o ano todo. Tem que ter melodia, ritmo contagiante, pegada forte e som contundente. Neste trabalho nem os remixes produzidos por DJ Cuca e pelo DJ Marlboro empolgam! Lamentável. 
Contracapa


















O single da música “Brasil é o pais do suingue” foi lançado de forma promocional pela gravadora EMI Odeon em 1996. A letra foi escrita por Fernanda Abreu, Fausto Fawcet, laufer e Hermano Vianna.  O single apresenta cinco faixas, mas apenas dois são remixes. A versão original foi produzida por Liminha, masterizada em Nova Iorque e também aparece no 3º álbum solo da cantora chamado  “Da lata”. Quem assina a foto de capa é Adriana Pitigliani e Luis Stein. O CD single traz as seguintes versões:

1- Versão rádio edit  3´44
Análise: Versão igual a versão original, porém editada para tocar no rádio.

2- Remix 4´00
Análise: Versão produzida pelo Dj Cuca ficou fraca.

3- Remix soul mix 5´53
Análise: Versão funk carioca produzida por Dj Marlboro, também deixa a desejar.

4-Versão ao vivo 5´28
Análise: Versão ao vivo gravada no Palace em São Paulo. Não é remix.

5- Versão original 5´00
Análise: Versão original igual a versão lançada no álbum. Também não é remix!


CD

* Todas as versões contém sample da música “I didn´t come” do artista George Clinton.  As faixas 1, 2, 3 e 5 foram produzidas em 1995 e a faixa 4 em 1996.

Nas imagens seguintes você pode ver o Sleeve do single editado em vinil 12" com as mesmas versões que aparecem no CD.

LADO A



LADO B


*** Alerta: Pode ser mais fácil e mais simples fazer musicas seguindo o padrão internacional do que modificar toda a população já dominada mostrando algo diferente, sem ter sequência do seu trabalho. Um exemplo dessa situação foi o movimento da Tropicália. 100% brasileiro, mas nem os próprios brasileiros deram sustentabilidade e continuidade ao movimento que a cada ano vem se tornando mera referência perdida no passado e ao mesmo tempo é ofuscado pelo desenvolvimento e tecnologia musical!

Brasileiros atualizados consomem mais produtos musicais internacionais do que os produtos genuinamente brasileiros presos na tão atrasada raíz! Porém o Brasil não vive e nem pode viver somente de raízes! As pessoas evoluem! Com raiz ou sem raíz a vida continua! 

Quando algum artista fizer dance-music, ele não pode ser tão diferente ou tão inferior ao estilo de dance-music apresentado “há muitos anos” pelo sistema musical internacional. Lembre-se: - As discotecas são um produto da dance-music norteamericana sustentado ao longo dos anos por centenas de artistas da cena de dance-music européia!!!!

Tentar mudar a dance-music é o mesmo que tentar mudar o rock n´roll. A população já está doutrinada pelo Yé-Yé-Yé! Os artistas até podem fazer um rock diferente, mas os consumidores irão torcer o nariz e haverá uma chuva de críticas! Mesmo que o produto musical seja bom, na música corre-se o risco de ficar sozinho porque a maior parte da população já está doutrinada  musicalmente pelo produto que vem do exterior! Simples.

Não é culpa sua. O sistema é assim! Lembre-se, nós odiamos dizer isso, mas o Brasil é um país colonizado e não colonizador. O Brasil ainda não tem cacife para mandar musicalmente no mundo, por enquanto! Então se você fizer dance-music, faça no mínimo, seguindo os padrões internacionais. Caso contrário o seu estilo irá ficar apenas na tentativa ou no batuque!!! E de tentativas e batucadas o Brasil está cheio!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Fernanda Abreu - A noite remix (single promocional - Item de colecionador)


capa/verso
Na década de 90, Fernanda Abreu foi uma das referências musicais brasileiras mais contemporâneas naquele período. Depois de fazer parte da banda Blitz, se lançou em carreira solo com o ótimo álbum chamado “Sla Radical Dance Disco Club”. Este trabalho rendeu três singles remixes (fato um tanto inédito na cena musical tupininquin) para as musicas A noite, Sla radical dance disco Club e kamikases do Amor. Mas por enquanto, vou dedicar esse post para falar sobre a música chamada “A noite” que agitou várias pistas de dança no país inteiro.  Sem dúvida ela é um dos grandes sucessos da cantora e pode ser considerada um clássico nas danceterias pelo Brasil afora tanto quanto “Dancin´days” das Frenéticas ou “Descobridor dos sete mares” de Lulu Santos. Este single remix foi lançado de forma promocional em 1990 pela gravadora EMI Odeon. Possui três músicas divididas em três versões diferentes, mas com apenas um remix. 

A) A Noite - Álbum mix- 4´27
B) A noite - New York dance mix - 5´08
B) A noite - Instrumental álbum mix - 4´34

A primeira versão é chamada de álbum mix.  Possui uma levada house e foi produzida pelo cantor Herbert Vianna da banda Paralamas do Sucesso e Fabio Fonseca. Não é um remix, mas apenas a versão igual a versão original lançada no disco da cantora.

A segunda versão é um remix chamado de New York dance Mix. Também possui uma levada house com bateria marcante com influências do  Freestyle. O remix foi produzido por Tuta Aquino e pelo DJ Irai Campos. Entretanto, essa versão não agradou a todos porque naquela época, grande parte do público festeiro estava mais voltado para o estilo “Vogue” da cantora Madonna do que necessariamente para o estilo “New York Dance” de Fernanda Abreu. Em resumo:  De um lado temos o estilo brasileiro e a concepção própria da cantora Fernanda Abreu com um remix simples para a música A noite. E do outro, temos a atenção massiva voltada para o estilo contundente e marcante da música vogue da cantora Madonna. São conceitos bem diferentes, mas no remix, quem saiu perdendo foi a cantora Fernanda Abreu por ter apresentado um remix muito fraco para uma canção de grande sucesso. Essa simplicidade ofuscou o remix produzido para a música A noite” fazendo com que a galera preferisse ficar com a versão original da melodia. Aqui é necessário fazer uma explicação:

"No conceito de remix, subentende-se que a versão remixada seja mais completa ou mais turbinada que a versão original. É como se a versão original fosse um “fusquinha” e a versão remixada fosse uma “mercedes”, entendeu!? Se não houver esse entendimento, não existe motivo para fazer um remix. 
- Ahhhhhhh, eu não sabia desse detalhe!!!
Prezado leitor, lembre-se que é dessa forma que funciona! Sinto muito! É como fazer amor. Não basta ser uma "transadinha". O sexo tem que ser o momento máximo no amor entre duas pessoas." Logo,

o remix deve ser o  momento máximo de diversão na pista de dança! 

Essa situação se confirma na voz de muitos DJs pelo Brasil que nunca tocaram o remix de “A noite” por não se encaixar no set dançante com a mesma harmonia como outras musicas de sucesso internacional agitavam a galera naquele período. Um fato curioso é que haviam DJs que preferiam tocar a versão original com a desculpa de que o remix não era tão empolgante para fazer a pista de dança balançar!  

A terceira versão não se trata, necessariamente de um remix.  Mas apenas uma versão instrumental da versão original. Ainda na década de 90 foi lançado um novo remix para a música “A noite”, no álbum de remixes da cantora chamado  “Raio X, no entanto, também não emplacou tanto como a versão original.

Capa
Notas:

** Existem algumas cópias deste vinil 12” remix à venda pelo Brazil nas melhores casas de CDs e discos usados. O preço varia de R$15,00 a R$30,00 reais, dependendo do estado de conservação.

*** Não há referências de que este single tenha sido lançado em CD.

* A Cantora Fernanda Abreu possui um site quase completo, com informações sobre sua carreira musical, mas infelizmente, não se sabe por qual motivo, este single  não aparece até o momento em sua discografia. http://fernandaabreu.uol.com.br