terça-feira, 25 de abril de 2017

Marina Lima - Pierrot remix (Single promocional - item de colecionador)

Imagem do vinil

Objeto de desejo de muitos fãs, o single promocional da cantora Marina Lima com a música "Pierrot", foi e continua sendo, um artigo raro no mercado nacional com diferentes seguimentos musicais voltados para a Dance music.
Detalhe 

Lançado em 1998 pela gravadora Polygram, o disco single em vinil 12” apresenta duas faixas da canção "Pierrot", que foram remixadas pelos Djs Marky Mark e Felipe Venâncio, com a masterização do Dj e produtor Renato Cohen, e a direção artística de Beto Lago (Mundo Mix Music). A versão original da canção foi oficialmente lançada pela cantora, no álbum Pierrot do Brasil.

A versão (Lov.e, Lov.e Lov.e vocal mix) assinada por Felipe Venâncio, registra um remix eletrônico mais conceitual do que comercial. É bom lembrar, que na musicalidade eletrônica naquela época, existiam diversos estilos e conceitos inseridos em cada subgênero. Independente da música produzida pelo artista, havia dezenas de seguimentos dançantes para escolher. Por exemplo, House comercial, House alternativo, House moderado, House underground, House agressivo, House popular, etc e tal. Na linha eletrônica voltada para o Techno ou Trance também havia diversas variações. Por escolha própria, o Dj Felipe Venâncio apresentou um remix utilizando aspectos musicais lineares com referências do Techno. Ou seja, a versão é direcionada ao público que gosta Techno, quase TechHouse de alto impacto, para fazer cara de intelectual na pista de dança, mas sem ser festivo (comercial) ou pegajoso (popular).

O outro remix produzido pelo Dj Marky (Marky Mark remix) também não possui uma estética comercial feliz para fazer pose do tipo: - Para tudo que eu tenho que dançar essa música! Isto é, Dj Mark também optou por elaborar um remix mais sério e introspectivo, ao fazer com que a versão tivesse a formalidade e o ritmo do Drum´n´bass, sem utilizar efeitos eletrônicos com característica épica ou comercial. O remix é direcionado para um público exigente que entende do assunto, e para quem gosta de qualquer coisa referente ao Drum´n´bass. 

A edição limitada do single em vinil 12”, utiliza capa dura de papel especial metalizado com efeito espelhado e selos de papel impressos no vinil fazendo efeito de glitter azul.

O single contém dois remixes:

LADO A
1- Pierrot – Mark Marky remix 5´10

LADO B
1- Pierrot - Lov.e, Lov.e Lov.e vocal mix 6´57

* O single editado em CD, apresenta remixes diferentes das versões registradas no vinil 12”. O Blog Brasil remixes já fez a postagem, para rever clique aqui!

Vamos falar de conceito musical...

De forma simples, diríamos que não existe uma regra absoluta para definir o que é ou o que deveria ser música comercial, underground, popular, inovadora ou alternativa - independente do estilo em que a melodia for produzida. Cada gênero musical ou proposta musical dentro do próprio estilo, possui um entendimento diversificado. Vamos utilizar o exemplo da banda Information Society.

Na prática, o INSOC é um grupo que trabalha com música eletrônica. Se o conteúdo musical da banda for calmo, agressivo, dançante, rápido, feliz ou melancólico – não importa! O grupo continua fazendo parte do seguimento musical eletrônico, tanto no Brasil como em qualquer parte do mundo. Contudo, o trabalho musical da banda poderá ser momentaneamente condicionado em campos diferentes.

Às vezes a banda poderá ser comercial,
Às vezes a banda poderá ser popular,
Às vezes a banda poderá ser alternativa,
Às vezes a banda poderá ser inovadora
E outras vezes a banda poderá ter uma sonoridade underground.

Tudo vai depender do entendimento do mercado e de um conjunto de fatores estéticos escolhidos pelo grupo, para marcar o seu posicionamento musical. A opção poderá ser temporária ou durar o tempo que o artista desejar. Nos Estados Unidos o Information Society é classificado como uma banda de música eletrônica alternativa, mas no Brasil, o Information Society é classificado como uma banda de música eletrônica comercial.

- Outros artistas também passam por essa situação? 

Sim! 

- Porque essa diferença?

São conhecimentos, interesses e entendimentos de mercado diferenciados.

- Na prática, muda alguma coisa?

Não! É apenas para auxiliar na classificação estética musical do trabalho artístico ou mesmo, no tipo de comportamento musical adotado pelo artista.

- Quais são os desdobramentos disso tudo?

Os desdobramentos dessa situação se referem aquelas pessoas/consumidores que compram determinados produtos musicais dependendo do conceito artístico. Por exemplo, existem consumidores que adoram música pop comercial. Mas, também existem outros consumidores que odeiam pop comercial e preferem pop alternativo. Há pessoas que amam música underground por entenderem que esse modelo de som, seja mais autêntico e original. Entretanto, outras pessoas odeiam música underground por considerarem que se trata de uma melodia crua, estranha ou de baixa popularidade. E assim sucessivamente. Seja Rock, Pop, Sertanejo, MPB, Eletrônico, etc....todos possuem um segundo olhar voltado para a estética, que pode ser underground, popular, alternativa, comercial ou inovadora.

sábado, 15 de abril de 2017

Jorge Benjor - Dzarm remixes (single promocional - item de colecionador)

Capa

Nos últimos anos, o cantor Jorge Benjor anda um pouco sumido dos holofotes midiáticos. Também, pudera! Aos 72 anos de idade não é fácil pra ninguém manter a forma e a fama musical. Se bem que, é difícil acreditar que o artista já tenha 72 anos!!!. Dizem os especialistas que a genética afro-brasileira não transparece tanto a idade das pessoas quanto a genética ocidental. Sorte dos fãs!
Contracapa

Na metade da década de noventa, a gravadora WEA lançou no mercado nacional uma compilação com remixes de algumas músicas que foram sucesso na carreira do cantor (.....já postado pelo blog, para rever clique aqui!). Entre as canções editadas na coletânea, a música “Dzarm”, foi escolhida para ser remixada e distribuída em single, no formato de Cd e em vinil 12”.
Jorge Benjor

A canção "Dzarm"  ganhou quatro remixes (7’ remix, Horn Dub, Straigt Dub e Master Mix) produzidos por Kirk Johnson e Paul Peterson com a mixagem de Tom Garnieu. Mas atenção! Mixagem não é a mesma coisa que remixagem! Os remixes seguem o conceito pop da versão original sem apresentar surpresas e são bons para tocar em programas de rádio, e em ambientes de Lounge e Chill out.

Os singles editados em Cd e em vinil 12” são raros e possuem um playlist diferente. A edição digital apresenta cinco versões.

O single editado em Cd apresenta um total de cinco faixas:

1- Dzarm (Versão Acústica) 5:14
2- Dzarm (7 Remix) 5:18
3- Dzarm (Horn Dub) 6:27
4- Dzarm (Straight Dub) 6:34
5- Dzarm (Master Mix) 5:15
CD

O single editado em vinil 12", registra um total de seis faixas, mas apenas três versões para a canção Dzarm. As outras faixas são músicas diferentes, conforme lista abaixo relacionada.

O single editado em vinil apresenta um total de seis faixas:

LADO A
A1 Dzarm (Versão Acústica) 5:14
A2 Dzarm (Horn Dub) 6:27
A3 Dzarm (Straight Dub) 6:34

LADO B
B1 País Tropical (Sax Mix) 6:06
B2 A Banda Do Zé Pretinho (Vocal Up) 6:08
B3 Alcohol (Playground Mix) 6:08

Imagem da capa do single vinil 12”
Imagem da contracapa do single vinil 12"

* Nem todos os remixes da canção Dzarm foram lançados na coletânea World Dance!

** Os remixes das músicas País Tropical (Sax Mix), A Banda Do Zé Pretinho (Vocal Up) e Alcohol (Playground Mix) são versões exclusivas do single vinil 12” e não foram editadas na compilação. Mas não se preocupe. Se os remixes não foram sucesso na época (1995), agora também não vão fazer a diferença. Vamos torcer para novos remixes no futuro.

Aqui podemos ver a imagem da capa da compilação editada em CD.

domingo, 9 de abril de 2017

Plebe Rude - Proteção / Até quando esperar remix (single promocional - item de colecionador)

Capa

A banda Plebe Rude ganhou destaque radiofônico na década de oitenta, em algumas das principais capitais do Brasil. Mesmo com a proposta melódica voltada ao Punk rock, algumas melodias do grupo estavam mais comprometidas com o conceito pop do que necessariamente punk - dos ingleses do Sex Pistols. Porém, há quem afirme que o grupo era livre e circulava por outros estilos musicais como New wave, Poprock, etc.
Contracapa

Lançado pela gravadora EMI Odeom em 1986, o disco/single em vinil 12” foi distribuído de forma promocional com a canção “Proteção” + o remix da música Até quando esperar”. Neste caso, a remixagem ou a tentativa do que deveria ser um remix, acabou fugindo do objetivo e transformou a melodia numa versão mais longa, ao manter as bases originais com destaque na parte instrumental. Algo bem típico dos remixes produzidos na década de 80 e que atendiam o seguimento roqueiro brasileiro.
Plebe Rude formação original

Como não há créditos para a produção do remix, subentende-se que a remixagem da melodia foi realizada pelo próprio produtor original da gravação. Na época, a concepção do remix era vista como novidade e, muitas vezes, para não prejudicar a reputação da banda, a remescla** era produzida discretamente, para atender uma demanda de mercado sem que houvesse o comprometimento da gravadora e da banda com a estética dançante. Afinal, para muitos artistas, fãs e o público em geral, a melodia dançante poderia causar um certo preconceito musical. Esse fato é bem peculiar, visto que, mesmo com o fim da ditadura, parte do Brasil ainda respirava músicas que tinham um conceito melódico voltado para o "discurso de palanque e protestos generalizados". Existiam canções felizes, mas o mercado ainda tinha um pouco de resistência, por achar a música dançante superficial e fugaz.

No meio do caldeirão de interesses e fantasias é importante observar que diversas canções brasileiras lançadas na década de 80, foram produzidas para tocar - exclusivamente - em programas de rádio e em festivais de Rock´n´roll. Isto é, bem ao contrário, por exemplo, das estratégia musical adotada por artistas americanos e europeus, cuja as canções eram editadas com o objetivo de tocar, tanto em em programas de rádio quanto nas pistas de dança. Afinal, os artistas poderiam faturar e fazer sucesso tanto com pessoal de Rock, quanto o pessoal dos remixes dance.

A confusão de interesses entre artistas, produtores, empresários e o público de conhecimento limitado no país, pode explicar o fato de muitos remixes brasileiros serem considerados fracos. Uma parte dos remixes foi produzido por um pessoal......digamos, ......"sem noção" a respeito do objetivo dos clubes e do objetivo da dance music. Embora, que alguns Djs nacionais soubessem das características do dance, eles tinham que ficar explicando, justificando e convencendo a todos, sobre a proposta, a graça e a vibe musical que sacudia a pista de dança nos clubes.

O comportamento brasileiro

Devido a essa situação, dezenas de artistas brasileiros tinham um projeto musical limitado e perderam pelo fato de produzirem trabalhos musicais empacotados e direcionados a um formato específico. Quando o público (fãs) envelheceu e não frequentava mais shows e festivais ou não ligava mais o rádio, "todo" o conceito musical feito pelo artista - por melhor que fosse desenvolvido, acabava sendo ignorado e esquecido, por fala de divulgação e lembrança. Faltou unidade na estratégia musical brasileira que era muito diversa. Alguns artistas produziram remixes outros não. Por isso, que a sequência foi prejudicada com uma exceção: As coletâneas Dance Mix volume 1, 2 e 3 que foram um grande sucesso no Brasil! 

O comportamento internacional

Enquanto isso, na cena musical americana e européia a estratégia era diferente e aproveitava todas as oportunidades. Independente de estilo musical, num primeiro momento o artista lançava seu álbum como desejava. Porém, já tinha uma equipe na gravadora que escolhia algumas músicas para fazer os remixes dançantes. Enquanto as canções originais tocavam nas emissoras de rádio e em programas de TV, os remixes agitavam os clubes e as festas da galera. Então, existia uma dinâmica e todo mundo ganhava, pois o artista era lembrado em vários nichos de mercado. Os cantores e bandas internacionais nunca perdiam. Ou a música original chamava atenção ou o remix turbinava a carreira do artista. Em vários casos, aconteceram as duas coisas ao mesmo tempo.

O single apresenta as seguintes faixas:

LADO A
1- Proteção 2´10

LADO B
1- Proteção 2´10
2- Até Quando Esperar (Remix) 4´41

* O single não foi editado em CD.

** Remescla significa "remixagem" em espanhol.

*** A canção "Proteção", acabou ganhando uma outra versão (Promo mix) que foi lançada em outro disco promocional já postado pelo blog. Para rever clique aqui!